Hulu chega ao Brasil no Disney+ em 8 de outubro, substituindo Star com novo visual

Em uma mudança que vai reescrever a experiência de quem assiste séries no Brasil, o Disney+ vai abandonar a marca Star a partir de 8 de outubro de 2025Brasil e adotar o Hulu como sua nova identidade para conteúdo geral. Às 00h01, o icônico verde do Hulu — aquele que já é sinônimo de séries adultas nos EUA — vai substituir o logo da Star na tela inicial do app. E não é só uma troca de logotipo: é uma reformulação completa da experiência de navegação, com catálogo intacto, mas com uma organização mais inteligente e visualmente mais atraente. Os assinantes não perdem nada — só ganham uma interface mais intuitiva, com recomendações mais apuradas e uma identidade global unificada.

Por que a Disney está fazendo isso?

A The Walt Disney Company não está apenas trocando uma marca por outra. Ela está simplificando um sistema que se tornou confuso. Desde 2021, o Disney+ usava a marca Star para agrupar conteúdos adultos, séries internacionais e produções não da Disney, como dramas da ABC, reality shows e até filmes da 20th Century. Mas isso criou uma fragmentação: o usuário precisava entender que "Star" era a seção de "não-Disney". Agora, com o Hulu — que já é uma plataforma consolidada nos Estados Unidos com mais de 50 milhões de assinantes — a empresa ganha uma identidade clara, reconhecível e com reputação sólida em conteúdo adulto. "É como trocar um rótulo genérico por uma marca que já tem história", diz Mariana Lopes, consultora de mídia especializada em streaming. "Em vez de produzir trailers com duas identidades visuais, a Disney foca só no Hulu. Isso economiza milhões em produção e mídia."

O que muda no catálogo brasileiro?

Nada desaparece. Tudo que estava na Star continua — só agora tem o selo Hulu. Em outubro de 2025, os brasileiros terão acesso a 4 temporadas de 'O Urso', a 5ª temporada de Only Murders in the Building (com episódios semanais), e a 21ª temporada de Grey's Anatomy. Mas o que realmente chama atenção são as estreias exclusivas: Alien: Earth, Dinastia: O Caso Murdaugh, The Kardashians e a série original da Hulu Murdaugh: Death In The Family, com estreia em 15 de outubro. Também chegam Tudo Justo, All’s Fair (com Glenn Close e Kim Kardashian) e o thriller coreano The Manipulated. E os brasileiros não ficam de fora. As produções locais Amor da Minha Vida e a 6ª temporada de Impuros passam a fazer parte do novo catálogo Hulu, sinalizando que a Disney está apostando em conteúdo nacional dentro dessa nova estrutura. Além disso, clássicos como Os Simpsons, Storage Wars (temporadas 13 e 14) e Evil Lives Here ganham destaque com lançamentos programados entre 16 e 18 de outubro.

A reação dos usuários e o futuro da plataforma

Já nas redes sociais, a mudança está gerando debate. Usuários australianos, que já tiveram a transição em 2024, comentaram que o novo visual parece "mais moderno". Um perfil chamado @AussieStreamer escreveu: "Eu adoro a Star, mas o logo do Hulu parece mais moderno. E a navegação é mais limpa." No Brasil, o impacto ainda é incerto — mas a expectativa é alta. Afinal, o Hulu já é sinônimo de séries de qualidade, verdadeiros crimes e comédias adultas. A Disney garante que a mudança é apenas o primeiro passo. A partir de 2026, o app passará por uma atualização completa de interface, com recomendações mais personalizadas, navegação por temas ("Crime", "Comédia", "Documentários") e integração mais profunda entre os perfis de usuário. "A ideia é que, em dois anos, você não precise mais pensar em qual seção acessar. O app sabe o que você quer antes de você clicar", afirmou um porta-voz da empresa em comunicado.

Como isso afeta os preços e os planos?

Nada muda no preço. O plano Disney+ continua o mesmo: R$ 29,90/mês. O Hulu não é um serviço separado — é apenas a nova marca para o conteúdo geral dentro do Disney+. Não haverá cobrança adicional, nem necessidade de criar novas contas. A mudança é puramente de branding e organização. Quem já tem o Disney+ continua com o mesmo acesso, só que com uma experiência mais fluida. A Disney também confirmou que os conteúdos da Pixar, Marvel, Star Wars, National Geographic e ESPN permanecem intocados, cada um em suas seções originais. O Hulu só cuida do entretenimento geral: dramas, comédias, reality shows e documentários adultos.

Por que o Hulu? Por que agora?

O Hulu foi criado em 2007 e se tornou um dos principais concorrentes da Netflix nos EUA com seu modelo híbrido — séries de TV, documentários e filmes com menos publicidade. A Disney comprou a maioria das ações da plataforma em 2019, mas por anos manteve o serviço separado. Agora, com a saturação do mercado de streaming e a pressão por lucratividade, a empresa decidiu unificar. Em mercados como Canadá, Austrália e Europa, a Star já foi substituída pelo Hulu. O Brasil é o próximo passo. A estratégia é clara: menos marcas, menos confusão, mais foco no que importa — o conteúdo.