A morte de Rubinho, interpretado por Julio Andrade, marca um ponto de virada truculento na nova versão de *Vale Tudo*. Como o amoroso, mas muitas vezes ingênuo, pai de Maria de Fátima (Bella Campos), Rubinho representa o sonho não realizado de muitos artistas: tocar para multidões em Nova York. Infelizmente, seu destino é interrompido por dois ataques cardíacos logo após uma discussão agridoce com sua filha.
O episódio fatídico acontece no capítulo 20, quando Rubinho embarca no jato de Marco Aurélio (Alexandre Nero) com o coração pesado após o encontro mordaz com Maria de Fátima em um luxuoso resort. A crueldade com que ela o rejeita, pedindo que finja não conhecê-la, coloca em evidência as divisões familiares e ambições pessoais que permeiam a trama.
Renato Felipelli (João Vicente de Castro) desempenha um papel crucial nesta parte da história, sendo ele o responsável por organizar a viagem de Rubinho, em conjunto com o primo Marco Aurélio. A bordo da aeronave, a situação de saúde de Rubinho rapidamente piora, causando pânico entre os presentes. Claudia (Rhaisa Batista), namorada de Marco Aurélio e ex-enfermeira, identifica a emergência e interrompe a decolagem, mas mesmo as medidas rapidamente tomadas não conseguem salvar Rubinho.
Nas cenas finais, um Rubinho debilitado segura seu passaporte, símbolo de suas aspirações não cumpridas e talvez de uma reconciliação que nunca se concretizou. Esse desenvolvimento trágico ecoa o destino de Rubinho na versão original de 1988, onde sua morte igualmente ocorre após um doloroso afastamento de sua filha.
Embora outras narrativas, como as de Cecília e Odete Roitman, sofram alterações e introduzam novas nuances no remake, é interessante ver como a história de Rubinho permanece fiel ao material base, funcionando como uma crítica pungente ao abandono familiar e à cegueira que a busca por sucesso material pode provocar. O remake mantém este aspecto dramático e emocional, adicionando uma camada de profundidade aos temas centrais da série.
Deste modo, enquanto o público reaprende a amar ou odiar seus personagens, a morte de Rubinho ressalta os desafios familiares, fazendo os telespectadores refletirem sobre o custo da ambição e da rejeição no contexto moderno.
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