Quando Bia Haddad Maia, tenista profissional da WTA entra em quadra no US Open 2025, a disputa vai muito além das raquetes: ela pode levar para casa US$5 milhões se derrotar a atual número‑1 mundial Aryna Sabalenka na final feminina. O torneio, que acontece de 25 de agosto a 7 de setembro no USTA Billie Jean King National Tennis Center, em Flushing Meadows, Nova Iorque, chegou a uma marca histórica: um prêmio total de US$90 milhões, 20 % a mais que em 2024.
A decisão da USTA de elevar o dinheiro em circulação foi anunciada em setembro de 2024 e confirmada por vários veículos, incluindo Perfect Tennis e CBS Sports. Cada fase do torneio recebeu um aumento de pelo menos 10 %. O campeão da categoria feminina, antes, levava US$3,6 milhões; agora, o valor bate a marca de US$5 milhões, um salto de 38,89 %. Até quem perde na primeira rodada da chave principal ainda recebe US$110 mil – números que jamais se viram no tênis.
Nascida em São Paulo, Bia Haddad Maia acumula US$9,060,625 em prêmios durante a carreira, segundo o site da Roland‑Garros. Em 2025, ela já faturou US$1,659,269 nas competições, com um recorde de 16 vitórias e 26 derrotas até a data de 15 de setembro. A tenista já chegou ao top‑10 mundial, tanto em simples quanto em duplas, sendo a primeira brasileira a alcançar tal feito em ambas as categorias.
Aryna Sabalenka chegou a Nova Iorque como número‑1 do ranking, vinda da vitória no US Open 2024. A bielorrussa, nascida em Minsk, tem um estilo agressivo que tem deixado adversárias sem reação, e o retrospecto recente indica que vencer a atual campeã será um feito extraordinário.
"Estou focada, mas também ciente da responsabilidade de representar o Brasil em um palco tão grande", declarou Haddad Maia em entrevista à Globo Esporte após a semifinal. Por outro lado, o porta‑voz da USTA, Michael Lindner, enfatizou: "Queremos que todos os jogadores sejam recompensados de forma justa, e o aumento do prêmio reflete o crescimento do esporte".
Se Bia conquistar o título, o fluxo de dinheiro para o Brasil será significativo. Além dos US$5 milhões, o marketing, patrocínios e a visibilidade internacional podem gerar dezenas de milhões em contratos futuros para a tenista e para o tênis brasileiro. Analistas da Esporte Business projetam que a popularidade do tênis no país pode subir 12 % nas próximas duas temporadas, impulsionada por um "efeito Bia" similar ao que aconteceu com Gustavo Kuerten nos anos 2000.
O aumento do prêmio também beneficia os jogadores que não chegam à final. Um tenista que chega às quartas de final já recebe US$660 mil – número que antes era reservado apenas para semifinalistas. Isso cria uma base financeira mais sólida para atletas de níveis medianos, incentivando a permanência no circuito.
A jornada até a final exige mais seis vitórias consecutivas contra o elenco de elite. Haddad Maia precisará superar jogadoras como Victoria Azarenka e Caroline Garcia, cada uma com performance acima de US$1 milhão em prêmios até o momento. A agenda do torneio indica que a final feminina será disputada entre 6 e 7 de setembro, ao entardecer, com transmissão mundial ao vivo.
Se o sonho se concretizar, a história de Bia Haddad Maia será escrita nos anais do esporte como a primeira baixinha brasileira a ultrapassar a marca de US$5 milhões em um único torneio. Enquanto isso, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) já prepara um plano de apoio para a jogadora, caso ela traga mais títulos ao país.
Ela receberá US$5 milhões, o maior prêmio individual já oferecido em um Grand Slam, além dos pontos de ranking que podem colocar jejufim da zona de classificação para os próximos torneios.
O fundo total saltou para US$90 milhões, 20 % acima dos US$75 milhões de 2024, marcando a primeira vez que um Grand Slam ultrapassa a barreira dos noventa milhões.
Mesmo quem perde na primeira rodada da chave principal leva agora US$110 mil, 10 % a mais que em 2024, o que garante uma remuneração mínima que antes era inexistente.
Um título e o prêmio de US$5 milhões elevam a visibilidade do esporte no Brasil, potencialmente atraindo novos patrocínios, investimentos em infraestrutura e inspirando a próxima geração de tenistas.
A final está prevista para o dia 6 ou 7 de setembro de 2025, no centro Billie Jean King, com transmissão ao vivo em vários continentes.
Comentários (1)
Savaughn Vasconcelos
outubro 8, 2025 AT 23:24Ao refletir sobre o salto de premiação do US Open, não podemos ignorar o simbolismo que isso traz para o tênis brasileiro. A oportunidade de Bia Haddad Maia alcançar US$5 milhões transcende o aspecto financeiro; representa a ruptura de barreiras históricas. Cada ponto disputado no gramado de Flushing Meadows reverbera nas quadras de São Paulo, inspirando jovens atletas. Essa mudança, contudo, demanda também responsabilidade institucional para sustentar o desenvolvimento do esporte.