Anvisa suspende suplementos irregulares como creatina, whey e cúrcuma

O que motivou a suspensão dos suplementos

Na sexta‑feira, 19 de setembro, a Anvisa realizou uma operação que resultou na apreensão de centenas de suplementos alimentares produzidos fora da legalidade. A ação teve início após denúncias de que empresas estavam comercializando produtos sem a devida autorização, usando rótulos falsos e, muitas vezes, misturando substâncias que não passaram por avaliação de segurança.

Os principais alvos foram a Verde Flora Produtos Naturais Ltda., que já havia sido acusada em agosto de 2025 de operar um depósito clandestino, e a Suplemais Indústria de Suplementos Nutricionais. Entre os itens bloqueados estavam cápsulas de cúrcuma 500 mg, extrato seco de chá verde (Camellia sinensis) e Centella asiatica, todos fabricados em condições irregulares.

Além disso, a venda de creatina 100 % pura, suplementos musculares tipo"Muscle Supp", whey gourmet e Nitro Way 3W foi proibida. Os rótulos desses produtos continham informações falsas sobre a origem e o processo de fabricação, indicando claramente produção clandestina ou até mesmo falsificação.

Outros produtos citados na operação incluíram o Feno Grego Prevent, que não cumpria os padrões de identidade e pureza exigidos, e o DHT Blocker Fotisolution 5X da Capsul Brasil, que continha ingredientes ainda não avaliados pela agência. Ambos foram retirados do mercado por falta de comprovação de eficácia e segurança.

A ação da Anvisa foi coordenada com as unidades de Vigilância Sanitária de Itapemirim (ES), Americana (SP), Curitiba (PR) e Arcos (MG). Em cada cidade, equipes técnicas e policiais apreenderam lotes de suplementos produzidos em instalações improvisadas, sem controle de qualidade ou registro oficial.

Como identificar suplementos seguros

Para evitar riscos, os consumidores devem observar alguns sinais antes de comprar qualquer suplemento:

• Verifique se o produto possui número de registro ou notificação na página da Anvisa. Essa informação costuma estar impressa na embalagem.
• Desconfie de preços muito abaixo da média do mercado. Descontos excessivos podem indicar falsificação ou produção ilegal.
• Cheque se o fabricante consta no site da Anvisa como empresa regularizada. Empresas desconhecidas ou que não aparecem no cadastro público são suspeitas.
• Leia atentamente o rótulo. Informações vagas, ausência de lista de ingredientes ou declarações exageradas de benefícios são indícios de problemas.

Se ainda houver dúvidas, o consumidor pode consultar a Anvisa por telefone ou e‑mail, enviando o número de registro do produto para confirmar sua situação. A agência também mantém um banco de dados online onde é possível pesquisar por nome comercial, princípio ativo ou CNPJ do fabricante.

Vale lembrar que a ausência de registro não significa necessariamente que o suplemento seja ineficaz, mas indica que ele não passou pelos testes de segurança e qualidade exigidos. Consumir um produto sem avaliação pode trazer efeitos colaterais inesperados, como reações alérgicas, contaminantes químicos ou doses incorretas dos princípios ativos.

Em resumo, a operação da Anvisa reforça a importância de comprar apenas suplementos com documentação completa e aparência profissional. Ao seguir as recomendações acima, o risco de se expor a substâncias inseguras cai drasticamente, protegendo a saúde e garantindo que o investimento no bem‑estar seja realmente válido.