Quando João Fonseca, tenista brasileiro subiu ao camburão da quadra central do ATP 250 de BruxelasBruxelas nesta terça‑feira, 14 de outubro de 2025, o relógio marcava 14h30 (horário de Brasília), ele já estava com a adrenalina à flor da pele. Seu primeiro adversário? O experiente holandês Botic van de Zandschulp, que já disputou mais de 300 partidas no circuito.
Mas a história de Fonseca não começou naquele dia. Ainda com 19 anos, o carioca enlouqueceu a torcida brasileira ao avançar para a terceira rodada do US Open em setembro, antes de ser eliminado nos oitavos. Desde então, ele vestiu a camisa da Federação Brasileira de Tênis, ajudou a selar duas vitórias decisivas contra a Grécia na Copa Davis e conquistou um ponto crucial para o Laver Cup representando o Time Mundo.
Em 2023, Fonseca fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a vencer um título Challenger em São Paulo desde 2014. No ano passado, a temporada de 2024 ele chegou a 21 vitórias e 14 derrotas nos torneios da ATP, além de um expressivo 10‑1 no nível Challenger. “Ele tem um jogo agressivo, serve rápido e não tem medo de subir à rede”, comentou o ex‑treinador Rogério Camargo em entrevista à TV aberta.
O torneio, que celebra seu décimo aniversário como o Aberto da Europa, contou com um draw recheado de nomes como o belga Zizou Bergs e o tcheco Jiri Lehecka. No evento promocional de segunda‑feira, 13 de outubro, os três atletas trocaram as raquetes por batedores e, sob o olhar de fotógrafos de imprensa, ajudaram a preparar um bolo de chocolate decorado com a bandeira europeia. “Foi divertido, mas eu estava pensando no próximo set”, revelou Fonseca ao reportar a imprensa local.
Na quadra, Fonseca começou forte, vencendo o primeiro set por 6‑4. No segundo, porém, o holandês ajustou o ritmo e virou o jogo em 6‑3, levando a partida ao tie‑break. Apesar da derrota, o brasileiro saiu com 70% de primeiro serviço e 24 aces, números que superam sua média da temporada (18 aces por partida).
O toque culinário virou manchete nos bastidores. O bolo, composto por camadas de churros e merengue, foi vendido em leilão beneficente para apoiar a universidade de Bruxelas. “Foi simbólico: unimos o sabor da Bélgica ao vigor brasileiro”, disse Zizou Bergs, que também participou da decoração.
Para os fãs, ver um tenista profissional mexendo a massa ao lado de um rival é tão inesperado quanto um saque poderoso de um amador. “A gente nunca viu isso antes, e isso cria uma conexão humana que vai muito além do placar”, opinou um espectador português que acompanhou o evento nas redes sociais.
Após a partida, o diretor do torneio, Gérard Dubois, elogiou a postura de Fonseca: “Ele mostrou que, mesmo em sua primeira partida aqui, traz competitividade e carisma”. Já o técnico da equipe holandesa, Sébastien Grosjean, destacou o potencial do jovem: “Se ele continuar evoluindo desse jeito, em dois anos pode estar disputando finais de Grand Slam”.
Nas redes, a hashtag #FonsecaChef virou trending topic no Twitter brasileiro, acumulando mais de 15 mil tweets nas primeiras horas. Amigos da academia em Rio de Janeiro enviaram vídeos de apoio, enquanto o próprio João Fonseca respondeu com um sorriso e a promessa de “voltar à cozinha quando ganhar o próximo título”.
Do ponto de vista estatístico, a estreia em Bruxelas coloca Fonseca dentro dos 30 tenistas mais jovens a disputar um ATP 250 nos últimos cinco anos. Se mantiver sua taxa de vitórias de 60% no ATP, projeta‑se que ele alcance a 100ª posição no ranking até o final de 2026. O próximo passo será o Masters 1000 de Monte Carlo, onde já garantiu vaga como wildcard.
Além das quadras, a aparição como confeiteiro pode abrir portas fora do esporte. Marcas de equipamentação e até empresas de alimentos já demonstraram interesse em parcerias. “Ele tem um apelo que transcende o tênis, e isso é ouro para patrocinadores”, apontou a analista de marketing esportivo Mariana Torres da agência SportBrand.
A vitória no primeiro set e as estatísticas de serviço já geram pontos importantes. Se ele mantiver a taxa de 60% de vitórias no ATP, projeta‑se que alcance a 100ª posição no ranking mundial até o final de 2026, abrindo caminho para entradas diretas em Masters 1000.
Era o 10.º aniversário do Aberto da Europa. O organizador, Gérard Dubois, pediu aos jogadores que participassem de um ato simbólico que unisse cultura e esporte, ajudando a arrecadar fundos para a universidade local.
O técnico Sébastien Grosjean acredita que Van de Zandschulp ainda tem espaço para melhorar. Com a experiência adquirida contra jovens promissores como Fonseca, espera‑se que ele retorne ao top‑50 nos próximos doze meses.
Marcas de equipamentos esportivos já manifestaram interesse, mas o sucesso na cozinha abriu portas para parcerias com empresas de alimentos e estilo de vida, ampliando seu apelo comercial além das quadras.
Ele já garantiu uma vaga como wildcard no Masters 1000 de Monte Carlo, que começa em 11 de abril de 2026. Essa será a primeira oportunidade de enfrentar jogadores do top‑20 em um grande evento.
Comentários (1)
sathira silva
outubro 13, 2025 AT 22:57É impossível não se emocionar ao ver João Fonseca não só dominando a quadra, mas também abraçando a cultura belga com aquele bolo incrível! A mistura da energia carioca com o chocolate europeu simboliza a união que o esporte pode criar, e isso faz o coração de quem ama tênis bater mais forte.
Além do espetáculo na pista, ele mostrou que um atleta pode ser artista, inspirando milhares de jovens a acreditarem que podem ser mais que apenas jogadores.